A história dos moinhos perde-se nos tempos, testemunhando que a necessidade aguça o engenho. Usados, tal como indica a sua origem etimológica, para moer cereais e transformá-los em farinha, o seu mecanismo simples e a abundância de água faziam uma união perfeita, dando resposta às necessidades da população.
É o caso do Moinho Velho que, apesar de pertencer a uma família, estava ao serviço da comunidade.
O seu uso era inversamente proporcional ao trabalho do campo. Assim, no Inverno, moía mais, enquanto no Verão a água era indispensável para as colheitas.
O centeio e o milho, essenciais para a alimentação humana e dos animais, eram aqui transformados durante o dia. E quando a noite caía, a farinha estava pronta a ser carregada pelos caminhos do moleiro.
Mais recentemente, a moagem nas fábricas e o aparecimento de moinhos portáteis levaram ao seu declínio, embora as pedras permaneçam, teimosamente, de pé.