Na aldeia de Campo Benfeito, cinco mulheres constituem hoje a Cooperativa das Capuchinhas do Montemuro. Foi nos anos 80, que uma acção de formação de corte e costura, realizada na aldeia, abriu os horizontes, de quem na serra, poucos recursos tinha na altura. Desde essa altura nunca mais pararam e continuam hoje, passados mais de trinta anos, a preservar a herança local, usando as matérias de sempre, a lã, o burel e o linho, mas reinventando tecidos e padrões e colocando-se, inquestionavelmente, num perfil de contemporaneidade em termos de vestuário.

As artesãs vão falando à medida que ilustram o processo de trabalho seguido na cooperativa, em que o tear é, quiçá, o instrumento central: urdir a teia, montar a teia no tear, tecer o tecido no tear, fazer aplicações e tingir cores naturais, cortar e costurar para peças de vestuário, etc., sendo que, como é natural,  a divisão de tarefas entre as várias artesãs é crítica para se assegurar a qualidade irrepreensível dos produtos finais e os prazos de entrega assumidos.

Entrevista conduzida por Liliana Silva. Captação de imagem e som por Liliana Silva a 7 de Fevereiro de 2020. Editado por Liliana Silva.

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